quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nosso campo de paintball tá saindo do forno!

Fala galera, após anos de tentativas e estudos, nosso campo de Paint tá pra sair, o equipamento tá praticamente na mão, e o local do campo tá sendo preparado, seguem algumas fotos do local:

Área para o campo estilo Wood:








E a área para Speed Ball:




Novidades em breve!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Foto do dia - 26/05/09 -



Riacho do Bosque, no Ibiúna Clube de Campo (ICC), bairro da Cachoeira, Ibiúna/SP.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Kuat pró bike!

Longe de mim querer fazer jabá "para os outros", mas convenhamos que o comercial é muito bem sacado hehe!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fotos de Trial por Pedro Cury!

Fala galera, as fotos abaixo são de Trial, e foram clicadas na Espanha (Madrid) pelo Pedro Cury, fotografo profissional especializado em fotos de bikes, esportes de ação, e responsável pelo site www.pedal.com.br* que é referência quando o assunto é o lado mais "extreme" das bikes. A curiosidade fica por conta das bikes de aro 20 que reinam absolutas na modalidade por lá, enquanto o mais comum no restante do mundo são as bikes de aro 26 e até 24.







Agradeço ao Pedro por gentilmente ceder as fotos para meu humilde blog hehe, valeu!

*Acesse: www.pedal.com.br e conheça mais sobre o mundo de trial!

Abraço a todos e boa diversão!

domingo, 10 de maio de 2009

Skate Paradise!

Galera do Skate também tem vez aqui, vou deixar a dica de um programa top sobre skate e a cultura que envolve o shape e as 4 rodinhas!



"Skate Paradise. Desafiar a lei da gravidade. Quebrar barreiras. Ir mais adiante. Ou simplesmente deixar as rodinhas deslizarem sem direção. Dos grandes desafios às mais simples atitudes. Isto é Skate. E é por isto tudo que existe o Skate Paradise."

http://www.skateparadise.com.br/


Programação
  • Quarta-feira, às 22h30, quinzenal
  • Na ESPN Internacional, semanalmente

Reprises

  • Sexta-feira, às 09h00, quinzenal
  • Sábado, às 04h30, quinzenal
  • Sábado, às 08h00, quinzenal
  • Segunda-feira, às 03h30, quinzenal


De quebra ainda deixo a trilha sonora de encerramento do programa:
Skate Paradise - Caballero

Caballero - Skate paradise



quinta-feira, 7 de maio de 2009

História da Miyata Bicycles

Após ganhar o meu quadro Miyata Valley Runner, tratei de ir atrás de informações a respeito do mesmo, já que eu nunca tinha ouvido falar na marca antes, e não sabia nada a respeito da mesma. Recorri aos amigos do fórum www.pedal.com.br e logo obtive respostas do experiente amigo Jassa e de outros companheiros, seguem as informações a respeito:



Tudo começo assim:

"Post do companheiro Jassa"

O Sr. Eisuke Miyata, era fabricante de armas em 1892, como ele não sabia qual seria o destino de sua fábrica no cenário da época, ele teve uma idéia após ter sido solicitado por um estrangeiro, se ele poderia consertar a sua bike, a partir daí o Sr. Miyata foi um dos primeiros construtores de bikes do japão, onde se usava técnicas modernas de fabricação.

Ele dizia ser o primeiro produtor japonês dos quadros com a solda "Flash Butt" de tubos soldados em 1946, e o primeiro a utilizar a pintura eletrostática em 1950.
Em 1980 a Miyata foi responsável por todos os quadros da marca americana UNIVEGA, devido a alta qualidade dos seus quadros.

A Miyata ainda existe, ao mesmo tempo que deixou de ser distribuída nos USA, continua a ser popular na europa sob o nome "de KOGA MIYATA" devido a aquisição que uma empresa holandesa do grupo ACCELL.

A partir de 2008, há uma disponibilidade muito limitada da KOGA MIYATA na américa do norte, e deixou de ser puramente Japonesa prá ser Holandesa.

Podemos dizer, que o seu quadro é puramente MIYATA, pois ainda não havia sido comprada pelos holandeses, porque após isso, elas passaram a se chamar "KOGA MIYATA " .

(Solda Flash Butt = É caracterizado por corrente, deslocamento e pressão. Consiste em elevar-se a temperatura das pontas dos tubos a um valor tal que a soldagem se faça por pressão, após a quase fusão das pontas).


O quadro não tem soldas?


"Post do companheiro Henrique Pereira"

Só corrigindo o quadro possui soldas sim.
Mas são soldas diferentes das atuais, mais resistentes na minha opinião, o Igor Miyamura* é um mestre nessas soldas.

O quadro é cachimbado, pode ter alguns métodos de como solda-lo, mas o mais comum é derreter prata junto com o tubo e o cachimbo, a prata entra para dentro do tubo e quando seca une tubo + cachimbo de forma perfeita e ultra resistente, sem o problema de destemperar o mesmo.
Depois é só dar o acabamento lixando . Esse visual de "clean" ou sem soldas é copiado nos quadros de carbono com obviamente tecnica diferente mas o mesmo proprosito de esconder as soldas.

As mesmas são limadas minuciosamente afim de ficarem imperceptíveis e ao mesmo tempo muito forte e leve. Uma limada a mais = refazer a soldagem , uma limada a menos= acabamento feio.
É realmente uma técnica para grandes mestres.

Jamais venda um quadro assim, mande jatea-lo e repinteo, é algo inestimável para os amantes de uma bike de primeira.
Parabens!


* Igor Miyamura é construtor de quadros artesanais, um verdadeiro artista, vale a pena conferir seu trabalho, acessem seu blog: http://igormiyamura.blogspot.com/ e seu site: http://www.miyamuradesign.com/


E dessa forma, com a juda dos amigos, descobri que ganhei um quadro (e agora uma bike já montada hehe) muito especial, com uma história muito bacana, pra se usar e guardar com muito carinho. Grande abraço a todos os apreciadores de uma boa bike de Cromo!


PS. Quem quiser ver fotos, ou acompanhar o tópico original que postei no fórum do Pedal, basta entrar no link abaixo:

http://www.pedal.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=6295&SID=35z1z6c5cc6cz1cf689e6z5e576zbd32

terça-feira, 5 de maio de 2009

De São Paulo a Paraty de bike! Ciclotour com o Super Waldson!

Fala galera! Sim, ele voltou o nosso amigo ciclo turista e colaborador "Super Waldson" hehe!
Agora a aventura foi mais longa, de São Paulo a Paraty/RJ em uma super ciclo viagem, confiram o relato, as fotos e viagem com ele!



"Olá, pessoal!


Aqui vai o relato do passeio que fiz, saindo da Zona Leste de São Paulo, Capital, para Parati, no Rio de Janeiro, pela Rodovia Rio Santos. Meu objetivo seria sair pela Rodovia Airton Senna, Mogi Dutra, Mogi Bertioga, acessando assim a Rio Santos com destino ao Rio."


1º. Dia – Madrugada do dia 22/04. O relógio me despertou ás 4:30 horas, pois pretendia sair cedo, antes que o trânsito de Sampa me incomodasse. Já deixara parte dos alforjes preparados, bastando apenas os preparativos finais. 5:57 horas. Ainda estava escuro quando tranquei o portão da garagem pelo lado de fora. Uma garoa fina prenunciava chuva no início do trajeto, já que a previsão do tempo apontava chuva só para o período da tarde daquele dia. Logo que comecei a descer a Av. Inconfidência Mineira, percebi que os raios da roda dianteira estavam um pouco frouxos, pois emitiam um ruído de cordas de violão, quando tocadas aleatoriamente. Não haveria problema, pois eu poderia fazer uma pequena parada em Mogi das Cruzes para um reaperto dos raios. Quando atingi a Av. Rio das Pedras, 3,5 Km pedalados notei que algo estranho ocorrera: o alforje caíra em cima do câmbio traseiro! Azar!!! O zíper de sustentação quebrara com apenas 4,5 Kg de peso. Após análise cuidadosa dos fatos, com muito pesar no coração, resolvi abortar a viagem naquele dia. Com certeza, sem um reforço, os alforjes não resistiriam á viagem. Eu só iria arrumar dores de cabeça. Amarrei o alforje direito com uma cordinha e voltei pedalando devagar, enquanto o dia ia amanhecendo.

Já em casa, fui para a cama terminar a minha noite de sono interrompida. Foi bom, acordei por volta das 10 horas da manhã e comecei a bolar uma maneira de reforçar os alforges. Eureka! Achei. Fui para a Serralheria de um amigo de infância e apresentei-lhe minha idéia. Ele concordou e saímos a preparar oito tiras de chapa grossa, com as quais, já em casa, fiz os reforços. Coloquei tiras de chapa por dentro e por fora, prendendo-as com rebites POP. Ficou uma beleza! Uma vez preparados os alforjes, fui a bicicletaria para o reaperto dos raios da roda dianteira. Montei tudo na bike e saí para uma pedalada de teste. Perfeito! Agora era só esperar o dia seguinte. Foi difícil passar esse dia...


2º Dia – 23/04. Acordei muito bem disposto. A manhã estava ótima, sem prenúncio de chuva e com uma temperatura agradabilíssima! Nesse dia nem fiz um café da manhã tão reforçado como o fizera no dia anterior. Tudo pronto, saí ás 5:07 horas para a grande jornada. Av. Inconfidência Mineira, Av. Rio das Pedras, Av. Conselheiro Carrão e lá seguia eu assobiando feliz, sendo observado curiosamente pelas pessoas que lotavam os pontos de ônibus.
Logo cheguei ao Km 30 da Rod. Airton Senna, onde eu faria a primeira parada para o tradicional Nescau e pãezinhos de mel, hehehe!

Na saída, quando me preparava para a auto fotografia conheci a Ana, jovem simpática que se prontificou a bater as “chapas”. Bati um papo com a Ana e descobri que tínhamos em comum o gosto pela bicicleta, pois a Ana pedala com o pessoal do Sampa bikers. Despedimo-nos e segui viagem pela Airton Senna procurando conter as minhas pernas que, forçadas pela emoção, insistiam em forçar a pedalada, atingindo uma média maior do que o planejado. Mantive-me em 20 / 22 Km/h, pois estava ciente que teria 120 Km pela frente. As 8:27 entrei na Pedro Eroles (Mogi Dutra) e as 9:40 cheguei em Mogi das Cruzes, onde parei para o reabastecimento de água e um isotônico. Isso feito, peguei a Mogi Bertioga e tome pedal. Observei com felicidade que não há mais trechos sem acostamento, salvo na descida da serra, onde se atinge uma boa velocidade, de maneira que a falta deste não traz grandes conseqüências.

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Cheguei ao trevo com a Rio Santos sem imprevistos.
Quando cheguei ao posto da Polícia Rodoviária percebi que o tempo estava fechando em Bertioga, Nuvens espessas e escuras cobriam o céu da cidade. Tratei então de cobrir os alforjes com um plástico que eu preparara para isso. Mal recomecei a pedalar o vento contra começou a uivar em meu capacete. Menos de 2 Km adiante eu já estava na coroinha dianteira e na mega-range traseira e quase não conseguia sair do lugar! Foi aí que desabou um imenso toró de granizo enorme! Misericórdia! O granizo explodia como bomba no meu capacete, batia e doía nas pernas, braços, peito, e pior, não havia onde me esconder! Eu estava usando uma capa do tipo “capucha” que não agüentava nem garoa quanto mais uma chuva daquela! Logo surgiu um depósito de material para construção e lá eu me escondi da tempestade e aproveitei para comprar uma capa amarela (de pedreiro) para continuar a viagem. As Sras. Balconistas disseram que jamais viram em Bertioga uma chuva daquelas! A chuva de gelo me deixou com frio. Meus olhos ardiam invadidos pelo suor, misturado a água gelada. Acabei então por descobrir os primeiros erros de planejamento: Não levei uma boa capa de chuva e um tênis sobressalente! O meu estava encharcado e, com certeza, não secaria até o dia seguinte.

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Nessa noite fiquei numa cabana, no Camping que eu já havia contatado. Cheguei ás 14:30, peguei um marmitex (PF) no restaurante do Camping, tomei um banho quente, dei uma olhada no mar revolto e fui descansar. Foram 127 Km pedalados.

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3º. Dia – 24/04. Acordei ás 6 horas. Preparei e tomei o meu café da manhã. O dia amanheceu ensolarado, mas em contrapartida o meu tênis continuava encharcado. Coloquei meias secas, enfiei os pés em sacolinhas plásticas e os enfiei nos tênis. Erro crasso eu deveria ter pedalado de Havaianas, seria bem mais “cheiroso” o pós pedal. Mas, imaginem um cara de camisa e bermuda de ciclismo calçando Havaianas... ia ficar ridículo! Saí as 8:36 horas. A próxima parada seria Boiçucanga, já no município de São Sebastião.

Parei ás 13:30 horas no restaurante do Posto Sahy para almoçar. Mandei ver um belo prato, pois só tomara o café da manhã e mais nada. Foi um pedal bem tranqüilo com poucas subidas e um acostamento lisinho, um tapete! Cheguei as 14:50 horas, no Camping Recanto dos Colibris, com apenas 65 Km pedalados.
Esse é um pedal muito fácil, pois é uma reta só. Na chegada abordei uma jovem ciclista, muito bonita, pois precisava chegar a Estrada do Cascalho e me surpreendi com a sua reação. Explicou com riqueza de detalhes como eu faria para chegar ao local indagado, mas ao perguntar de onde eu vinha e para onde eu ia, toda jovial e cheia de entusiamo exclamou: Incrível! Que legal! Me leva junto?! Foi realmente uma injeção de ânimo e simpatia. Ela se apresentou como a Márcia de Maresias. Desejou-me muito sucesso na viagem e nos despedimos.
Morada dos Colibris. Esse é o Camping que eu chamo de perfeito. Limpíssimo, ótimos chuveiros, grama bem aparada, atendimento nota 10! Aproveitei para estender o tênis, após uma boa lavada, num varal coberto, assim como a roupa lavada. À noite, quando fui preparar o jantar, meu fogareiro apresentou problemas. Tive sair à caça de um improviso. Comprei um litro de álcool e parti para a espiriteira. Aliás, foi o que usei durante todo o resto da viagem, pois segundo me informaram eu não encontraria gás descartável em toda a zona litorânea, pois eles ainda não tinham autorização legal para comercializar esse tipo de produto. O problema da espiriteira á álcool é o fato de pretejar os utensílios, dando mais trabalho para lavar.

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4º. Dia 25/04. Acordei as 7 horas . Tinha chovido a noite toda. Uma chuva leve e intermitente, mas amanheceu ensolarado. Isso atrapalhou os meus planos de sair logo cedinho, pois a barraca estava toda molhada e eu preferi esperar que o sol me ajudasse a secá-la. Acabei saindo as 10:00 horas com o sol a pino. Ah, se eu soubesse o que me esperava teria saído bem cedinho, antes mesmo de o sol aparecer!!!

A Estrada do Cascalho fica ao lado da Serra de Maresias, portanto logo que saí, embora eu tenha dado umas pedaladas para o aquecimento, dei de cara com aquela imensa PAREDE de asfalto. Misericórdia, aquilo não era uma subida! Não, aquilo era o veredicto de morte para um velho ciclista aventureiro que pretendia chegar em Parati, no Rio de Janeiro! Foi difícil? Não, foi quase impossível! Devo ter parado uma centena de vezes para descansar; bebi duas caramanholas de água fresca. Foram 8 Km puxados, de fazer desistir o mais entusiasmado dos ciclistas. Muita gente que passava de carro ou de moto gritava na gozação: Ei, quer uma ajuda?

Mas... cheguei lá em cima. Que visão maravilhosa! Bem que o pessoal do Pedal dissera, valia a pena! Agora o descidão. É tão íngreme que parece que vai quebrar o guidão da bike tal o apoio que a gente faz. Não quero nem pensar no que pode acontecer se quebrar o cabo de freio... Aviso aos companheiros que querem se aventurar por ali: coloquem freios novos para essa viagem!
Mas, o pior aconteceu: Um estalido medonho começou a ecoar da roda traseira da bike, principalmente quando eu acionava o freio traseiro!!! Dei uma olhada e nada notei de quebrado ou solto. E agora?! Descer montado ou não? Supliquei a Deus que me guardasse e desci montado mesmo com o barulhão , tac-tac. tac-tac, tac-tac.... Finalmente cheguei ao final da serra, mas outras serras vieram, muitas e muitas outras.... verdadeiras paredes!

Parei as 14:33 em Baraqueçaba para tomar um lanche e descansar um pouco. Quando cheguei em São Sebastião estava pregado, muito cansado e lá fui eu em direção á balsa, tac-tac, tac-tac, tac-tac... o barulho não parava e chamava a atenção dos transeuntes locais. Cheguei em Ilhabela ás 16:30 horas. Eu pedalara apenas 40 Km, mas foram os mais longos e cansativos que eu já vira. Parei no quiosque de informações turísticas para descolar um Camping mais perto, pois o que eu contatara ficava muito longe e eu não tinha mais condições de pedalar seguer uns poucos km, confesso. Havia um Camping, ao Norte da Ilha, bem próximo, disse a jovem que me atendeu.
Camping Palmar, inspecionei e gostei. Boas acomodações e uma ótima recepção fizeram o resto. Montei o barraco, parti para o banho quente e reconfortante. No Camping há uma Pizzaria e ao lado o Restaurante do Geninho que serve um jantar delicioso e barato. Arroz, feijão, salada e um enorme filé de pescada ao molho de camarão, R$ 12,50. Vale a pena!

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5º. Dia – 26/04. Hoje, domingo, não pedalei na estrada. Tirei o dia para descansar e conhecer um pouco da Ilha. Não podia ir muito longe, pois a bike estava com o problema de estalo, que eu já descobrira: era o cubo traseiro. Para ver se conseguia pedalar um pouco sem prejudicar mais o problema, fiz uma limpeza geral com WD em toda a relação e limpei com um pano, visando remover a areia que se infiltrou no mecanismo. Melhorou bem, diminuindo o ruído, mesmo porque eu estava também sem o peso dos alforjes. Pedalei devagar pela Vila tirando umas fotos e curtindo um pouco da Ilha.

Achei Ilhabela muito legal, conheci gente nova, bati muito papo, foi muito bom ter ficado no domingo para descansar. No Camping havia mais duas barracas. Uma família de Franco da Rocha, SP e um casal da Capital de S. Paulo que se foram no final da tarde. Fiquei sozinho no Camping a partir de então.

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6º. Dia – 27/04. segunda-feira. Fui até a bicicletaria do Dida, a qual fica próxima á Balsa. Após desmontar o cubo pedi para ele trocar apenas os rolamentos, embora ele tenha insistido em trocar o cubo. Achei que uma troca de rolamentos apenas resolveria o problema. Ledo engano! O barulho sumiu então voltei para o Camping e desmontei tudo, carreguei a bike e saí para a Balsa, no sentido São Sebastião. O Relógio marcava 10:40 h. Quando cheguei em São Sebastião peguei a direção de Caraguatatuba, em direção ao meu próximo destino. Ubatuba. Ainda não tinha deixado a cidade quando... tac-tac, tac-tac, tac-tac, o barulhão voltou! Parei desolado e pedalei de volta em direção ao centro da cidade. Encontrei uma bicicletaria uns três Km adiante, onde o pessoal mui simpaticamente, vendo o meu problema, se prontificou a trocar o cubo, passando-me na frente de outros clientes.

Cubo trocado, todos os presentes me incentivaram a continuar viagem naquele mesmo dia, afirmando que no mais tardar eu estaria em Ubatuba por volta das 17:00 horas. Sendo assim, lá vamos nós! Nesse trecho, o acostamento quando existe não é dos melhores. Não há serras propriamente ditas, mas há bons subidões, longos e intermináveis.
Logo que entrei em Caraguatatuba, 25 Km depois, parei num posto de combustível para reabastecer as caramanholas e fui informado que eu poderia seguir pela praia, ao invés de seguir pela rodovia. Assim eu ganharia uns bons Kms e usaria a ciclovia, muito mais segura. Concordei e assim o fiz. Logo adiante parei numa frutaria, comi quatro caquis e segui pedalando pela praia até a saída para Ubatuba. Vale a pena usar esse caminho. Ao chegar em Caraguatatuba, logo após passar a ponte de arco, pegar próxima rotatória á direita em direção á praia. Aí é só seguir pela ciclovia.

Depois de Caraguá, como chamamos, o trecho é também, como os demais, muito bonito, porém bem cansativo. Há muitas subidas e descidas longas. Faltavam uns 15 Km para chegar ao meu destino, a tarde já ia embora, comecei a descer um descidão cheio de curvas e aí desabou um temporal que eu não esperava. Acho que a nuvem estava daquela região para diante e eu acabei entrando no temporal, pois nem percebi. Quando vi já estava dentro do dilúvio! Ah, outra vez não!!! Tratei de vestir a capa amarela rapidamente, mas o tênis... de novo encharcado!

A chuva não parava. Eu subia, descia e a chuva continuava. A noite veio rapidamente e agora os faróis dos carros ofuscavam a minha visão. O suor se misturava à água da chuva fazendo arder os meus olhos. Nos próximos passeios não posso me esquecer de uma boa viseira, pois a testeira nesses casos não adianta nada! Meu farol, bem meia boca, só servia mesmo de alerta, pois pouco iluminava a pista a minha frente.
Após 78:41 Km pedalados, ás 18:15 horas, cheguei em Ubatuba e, pasmem, nem sinal de chuva, embora eu estivesse todo encharcado. Nessa altura do campeonato, não tinha como ir para o Camping, assim procurei uma pousada. Fiquei numa pousada, onde guardei a bike dentro do quarto. Um banho quente e reconfortante ajudou a esquecer as dificuldades do trajeto. No jantar, pedi e comi dez esfihas abertas! Estava famélico!

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7º. Dia - 28/04. terça-feira – Acordei refeito depois de dormir numa cama com colchão macio que a dias eu não via. Como eu contratara o serviço com café da manhã, não acordei muito cedo. O café seria servido a partir das 7:30 h. Graças a Deus meu tênis e as roupas secaram. Após o café caprichado, ás 8:50 h parti para o último trecho da jornada.

De Ubatuba para frente existe acostamento, mas é impraticável. Serve apenas como zona de escape para fugir de ônibus e caminhões, quando avistados no espelho retrovisor. Esse é o trecho mais isolado do passeio. Não existem grandes serras, apenas subidões não muito escarpados. Nos subidões, vale lembrar que o pseudo acostamento se transforma em 3ª faixa, portanto há que se atravessar para a contra-mão e pedalar ou empurrar a bike no sentido oposto. A grande vantagem é que se fica mais seguro e há muita sombra desse lado. Há trechos que, com tanta água que desce das montanhas, fica um vapor fresco e agradável, ajudando muito a descansar e refrescar o corpo. Já próximo á divisa de São Paulo com Rio de Janeiro, há uma grande cachoeira, onde uma barraca grande oferece uma lingüiça calabresa, assada na chapa do fogão a lenha, simplesmente irresistível! Nesse momento até a velha coca-cola geladinha vai muitíssimo bem.

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Bom, havia eu pedalado uns 10 Km e encontrava dificuldades para ajeitar (calçar) a máquina para uma auto-fotografia. O tripé insistia em cair, pedras para calçar não ajudavam e eu estava praguejando quando olhando para o início do subidão, de onde eu estava vi um biker da região pedalando lentamente em minha direção. A bike era vermelha, uma barra circular da Caloi, mono-marcha. Quando o rapaz se aproximou pedi ajuda para tirar a foto. Uma vez tirada a foto, iniciamos um bate papo e então eu soube que o Álvaro (é esse o seu nome) também estava se dirigindo para Parati. Assim, combinamos de pedalarmos juntos os + ou – 70 Km que faltavam. Conversa vai, conversa vem, descobri que ele fazia constantemente esse percurso, mas de moto, para levar artesanato do sítio onde mora á Parati. Estranhei a bike para um percurso tão longo, fiz algumas perguntas e fiquei ainda mais surpreso quando descobri que ele não tinha sequer uma bomba para encher o pneu. Câmara de ar sobressalente? Ora, nem pensar! Disse-me que estava fazendo a viagem de bike, pois sua moto estava com os documentos vencidos e, portanto, não poderia fazer a viagem com ela. Estava se dirigindo a Parati para cobrar uma dívida. Fiquei com pena daquele companheiro que se arriscava daquele jeito, numa região sem quase nenhum recurso. Foi assim que fizemos o trecho juntos, pois eu poderia ajudá-lo caso furasse um pneu, ou tivesse outro problema. Estava levando três câmaras sobressalentes além de várias ferramentas. Aproveitei para encher o pneu dianteiro da bike dele, pois estava baixo, “grudando” no asfalto quente. Ele contou-me que já tivera uma Caloi 10 e que com ela viajara para São Lourenço de Minas, em Minas Gerais. Passou por Itatiaia, Itamonte, portanto já sabia como era pedalar longas distãncias. Pedalamos juntos até a Av. principal de Parati.
Foi ele quem fez o registro da foto na divisa de São Paulo – Rio de Janeiro, onde dei alguns urros de alegria, hehehe.

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Assim, as 15:30 horas chegamos a cidade de Parati, onde nos despedimos. Saí à procura de um Camping e encontrei um razoável na Praia do Pontal, onde montei minha barraca. Trata-se do Camping Club. Após um belo banho, saí a passeio pela cidade histórica e adjacências, registrando em fotos alguns locais interessantes.

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8º. Dia. - 29/04. quarta-feira. Acordei cedo e fui para a Rodoviária comprar passagem para São Paulo e me informar como transportar a bike. Fui informado que a bike deveria estar embalada e com nota fiscal. Nota fiscal???!!! Sim, era necessário, pois sem ela o motorista poderia recusar o embarque da bike. Então informaram-me para ir a uma papelaria e comprar uma Nota Fiscal Avulsa e preenchê-la com meus dados e os dados da bike, pois só assim seria autorizado o transporte. Assim o fiz e as 13:40 embarquei com destino a São Paulo, num confortável ônibus da empresa Reunidas.

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O passeio é lindo, as paisagens não podem ser descritas em toda a sua plenitude, nem mesmo em fotografias. Só mesmo fazendo esse pedal é possível sentir todo o prazer que há em pedalar naquela região. Apenas é necessário um bom preparo físico, uma bike bem montada e um pouco de dinheiro (não muito) para as despesas de estadias e refeições.

Agradeço a Deus e a todos que contribuíram para que eu fizesse esse belo passeio e chegasse em segurança ao meu destino.

Total de Km pedalados: 408:70
Baixas: Apenas o cubo traseiro quebrado.

Hospedagens:

Em Bertioga-SP : Humaitá Camping – Defronte a Praia da Enseada – Nota 7
www.humaitacamping.com.br

Em Boiçucanga. Camping Morada dos Colibris - Estrada do Cascalho - São Sebastião – SP. Nota 10.
contato@moradadoscolibris.com – Sr. Milton

Em Ilhabela – Sair da Balsa, seguir sentido norte, aprox. 2 Km.
Camping Palmar – Ilhabela – SP. Nota 8.

Em Ubatuba – SP.
Pousada Peixes do Mar – Nota 10.
www.peixesdomar.com.br

Em Parati – RJ
Camping Club
Defronte a Praia do Pontal, ao lado da Cid. Histórica.
Nota 8.

Waldson Gutierres é ciclo turista e colaborador oficial do Super Ação! Você pode ver outras matérias com ele aqui no blog buscando no arquivo de postagens!

Você pode ver todas as fotos do passeio clicando no link abaixo:

http://s292.photobucket.com/albums/mm7/WaldsonSantos/Sampa%20%20Parati/

Grande abraço a todos, e "bora" se aventurar por aí, viva a vida porque a vida é curta!